Serviços Ecossistêmicos
05/11/2014
Purificação da água e do ar, fertilidade do solo, equilíbrio climático, decomposição de resíduos, polinização de espécies alimentares e da vegetação natural, controle de pragas e doenças, dispersão de sementes, proteção da camada de ozônio contra os raios solares ultravioletas do sol. Os serviços ambientais são inúmeros e possuem importância fundamental para a manutenção das condições de vida no planeta. As atividades econômicas devem levar em conta o valor desses serviços dos quais se beneficiam e sobre os quais muitas vezes exercem impactos intensos. Os maiores desafios ambientais da humanidade hoje estão relacionados a esse tipo de problema, como a diminuição de água disponível para consumo, o incremento do efeito estufa e a redução da biodiversidade.
O GVces tem desenvolvido atividades que estimulam a gestão e valoração dos serviços ecossistêmicos e que garantam que as atividades econômicas levem em conta sua importância, por meio de ferramentas de gestão empresarial, estudos sobre biodiversidade e pagamento por serviços ambientais, como forma de financiar sua proteção e racionalizar a obtenção e o emprego de matéria-prima.
Tendências em Serviços Ecossistêmicos (TeSE)
Criada em 2013, esta iniciativa inovadora do GVces tem como principal objetivo desenvolver estratégias e ferramentas destinadas à gestão empresarial de impactos, dependências, riscos e oportunidades relacionados a serviços ecossistêmicos, capacitando e orientando as empresas brasileiras nesse sentido. Saiba mais
Parceria Empresarial sobre Serviços Ecossistêmicos (PESE)
Outra iniciativa pioneira no tema foi a Parceria Empresarial sobre Serviços Ecossistêmicos (PESE), fruto de uma parceria entre GVces, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e do World Resources Institute (WRI Brasil), com apoio do escritório brasileiro da USAID. Saiba mais
- Estudo NVI: Empresas deverão se preparar para a crise dos recursos naturais
- Minuta da Lei Estadual de Mudanças Climáticas e PSA do Amapá
- Minuta da Lei Estadual de Mudanças Climáticas e PSA do Pará
- Relatório sobre o Fundo Paulista para o Pagamento por Serviços Ambientais
Série de pesquisas Cadeias de Valor e Biodiversidade
Lançada pelo GVces em 2005, tinha o objetivo de avaliar cadeias produtivas de alto impacto ambiental e de setores intensivos no uso de recursos naturais. No ano de 2007, foi lançado o segundo estudo da série, intitulado "Impactos socioeconômicos e ambientais do complexo minero-siderúrgico de Mato Grosso do Sul". Segundo a pesquisa, com a implantação do complexo ocorreria um aumento da pressão por desmatamento em áreas nativas do Pantanal e Cerrado, uma vez que não há estoques disponíveis de florestas plantadas na região para garantir sequer o atendimento da atual demanda por carvão vegetal das siderúrgicas.
O estudo alerta que seria preciso investir no plantio florestal em áreas degradadas localizadas na região leste do Estado, o que poderia configurar-se numa ótima oportunidade econômica para o Mato Grosso do Sul, desde que bem planejada e sob os incentivos corretos do governo estadual. Com tal configuração, o enorme risco potencial à biodiversidade apresentado pela instalação do complexo poderia ser revertido em oportunidade de conservação e de recomposição de áreas nativas na Bacia do Alto Paraguai.
Apresentação do estudo (ppt) realizada durante o Global Forum América Latina em junho de 2008.